Falhar no avanço implica acertar no retrocesso.

Se o decorrer da nossa história tivesse sido como em “Resistência” esta alternativa seria, para possível desgraça fantasiada pelos Aliados durante a 2ªGuerra Mundial, uma realidade dura e crua.
Trata-se da mesma guerra, mas com um fim e acontecimentos alternativos. A marcha a Berlim mudou de rumo e passa a ser: a marcha a Londres. No entanto, a obra não tem como plano de visão as grandes batalhas, [como o Eixo (Alemanha-Nazi, Japão, Itália de Mussolini) as ganhou], mas sim uma pequena amostra da guerra numa pequeníssima aldeia e alguns movimentos de resistência nas suas proximidades, suficiente para entreter qualquer leitor, aficionado ou não, pela história da Segunda grande guerra.
Momentos após a chegada dos alemães em solo Britânico, e início do seu avanço em direcção à capital e às grandes metrópoles britânicas, todos os homens desta pequena aldeia, situada no país de Gales, desaparecem sem qualquer aviso. As mulheres, desamparadas, irão ter de se unir, e agir para continuar as suas vidas.

Mas não estarão sozinhas por muito tempo. Da mesma forma em que os homens partem misteriosamente, surge uma equipa de soldados alemães. Uma dúvida entra em primeiro plano: se os alemães marcham em direcção a “pontos-de-interesse”, que quererão da pequena aldeia dos homens desaparecidos?”.

Trata-se de uma leitura contagiante e, apesar de ser algo imaginado, em relação ao que está escrito na história, é de uma forma minuciosa e realista passível de ter acontecido, se a Guerra tivesse sido travada de maneira diferente.

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Owen Sheers
Resistência

Casa das Letras, 17,90€