João Fernando Ramos: “Uma viagem pelo tempo muito gratificante”
1-O que representa no contexto da sua obra literária o livro “A Paixão do Infante”?
R-Este livro vem na sequência do D João I e fecha um ciclo sobre um tempo da história que me fascina. Foi a era do “impossível” em que o reino reconquistou a independência e aprendeu a governar-se bem e a ter um caminho de crescimento. Num curto espaço de tempo, Portugal passou de província espanhola e um reino que começava a ter uma forte influência numa boa parte do novo mundo, abrindo a exploração da costa africana e impulsionando uma infindável série de novos mercados e liberando a investigação científica na arte de navegar. Isso foi possível com lideranças cultas, muito bem formadas e ousadas. Esse lado, de fazedores com vontade e conhecimento, sempre me interessou e foi uma viagem pelo tempo muito gratificante.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R-O Infante não casou, não lhe são conhecidas namoradas nem paixões, mas tudo indica que a sua vida tenha escondido um segredo que acabou por condicionar tudo. Foi por esse “buraco” da história que mergulhei à procura da mulher que arrebatou o coração de Henrique. Não sei se foi mesmo assim, mas a história faz sentido, pelo menos na minha imaginação.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-O meu tempo não me deixa escrever nada já, para além de notícias. Certamente voltarei aos livros. Este foi uma longa odisseia. Vamos ver como vai ser o próximo e quantos anos vai demorar.
__________
João Fernando ramos
A Paixão do Infante
Oficina do Livro 18,90€