Rosa Alice Branco: “Toda a bondade é inteligente”

[Foto: Leonor Soares] Rosa Alice Branco, quase 40 anos depois do seu primeiro livro reúne toda a sua poesia e acrescenta nove inéditos. O livro chama-se Mapa dos Amores Incompletos.
Rosa Alice Branco nasceu em Aveiro em 1950 e tem mais de uma dezena de livros de poesia publicados em Portugal.
Recebeu prémios internacionais com destaque para o Prémio Espiral Maior de Poesia (2008), com Gado do Senhor. A autora tem um doutoramento em Filosofia Contemporânea e dedica-se profissionalmente à Neuropsicologia da Percepção e à Estética. Também é tradutora, investigadora e promotora cultural.
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O que é para si a felicidade absoluta?
Não ter de pensar nela.

Qual considera ser o seu maior feito?
Conseguir não comer chocolate a partir das 15h00.

Qual a sua maior extravagância?
Fazer directas consecutivas a ler e a escrever.

Que palavra ou frase mais utiliza?
Encantamento.

Qual o traço principal do seu carácter?
Seguir o caminho que me parece certo.

O seu pior defeito?
Acreditar no impossível.

Qual a sua maior mágoa?
A perda das minhas pessoas insubstituíveis.

Qual o seu maior sonho?
Que possa escrever enquanto viver.

Qual o dia mais feliz da sua vida?
O dia em que vi o meu filho pela primeira vez.

Qual a sua máxima preferida?
Toda a bondade é inteligente.

Onde (e como) gostaria de viver?
Onde vivo: na Foz do Porto; a fazer o que faço, mas sem reuniões de condomínio.

Qual a sua cor preferida?
Vermelho puro, ou dessaturado para o rosa seco e para o “nude”.

Qual a sua flor preferida?
Hibisco.

O animal que mais simpatia lhe merece?
O Cão

Que compositores prefere?
Em primeiros de muitos: Johann Sebastian Bach, Gabriel Fauré, Eric Satie, Miles Davis, Anouar Brahem.

Pintores de eleição?
Além de vários: Francisco de Goya, Paul Cézanne, William Turner, Paul Delvaux, Francis Bacon, a pintora/fotógrafa Helena Almeida.

Quais são os seus escritores favoritos?
Deixando dezenas de fora: João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Marguerite Duras, James Joyce, Ferdinand Céline, Valter Hugo Mãe.

Quais os poetas da sua eleição?
Apenas alguns: Camões, San Juan de la Cruz, Anna Akhmátova, Konstantínos Kaváfis, Roberto Juarroz, Antonio Gamoneda, Herberto Hélder, Hugo Mujica.

O que mais aprecia nos seus amigos?
A lealdade.

Quais são os seus heróis?
Nelson Mandela, Papa Francisco.

Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
Quino (Mafalda), Hugo Pratt (Corto Maltese), Lawrence Durell (Pursewarden).

Qual a sua personagem histórica favorita?
Luther King.

E qual é a sua personagem favorita na vida real?
A princesa Santa Isabel e as personagens equivalentes: todas as que trazem pão e podem transformá-lo, pontualmente, em rosas.

Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
A bondade assumida.

E numa mulher?
A bondade.

Que dom da natureza gostaria de possuir?
Saber quem são os predadores.

O que é para si o cúmulo da miséria?
A crueldade fútil.

Quais as falhas para que tem maior indulgência?
As falhas de pontualidade nos outros.

Qual é para si a maior virtude?
A generosidade.

Como gostaria de morrer?
Sem sofrimento.

Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Eu.

Qual é o seu lema de vida?
Viver sem expectativas.
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Rosa Alice Branco na “Novos Livros” | Entrevistas

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