Sérgio Godinho: “Um impulso de criar ficção narrativa”
1-O que representa, no contexto da sua obra literária, o livro de contos “Como se não houvesse amanhã”?
R-A continuação de uma vontade, e mais, de um impulso de criar ficção narrativa, que resultou já num primeiro livro de contos, três romances, e agora este novo livro de 15 contos, “Como se não houvesse amanhã”, que tem por subtítulo “Histórias suicidas”.
2-Depois das cantigas, a literatura e uma sempre presente vontade de criar. Poesia, romance, crónicas e contos: surgem em momentos distintos, respondem a apelos criativos diferentes, são fruto do acaso ou resultado de um percurso bem definido à partida?
R-Não há, na verdade, um percurso definido. Tudo vai surgindo conforme as necessidades criativas. Devo, no entanto, dizer que abrandei o ritmo de escrita de canções, talvez por estar mais embrenhado nesta aventura da ficção narrativa. Continuo, no entanto, a praticar a canção ao vivo, o que me um enorme prazer, e me permite ir renovando frequentemente o meu repertório, que, como se pode calcular, é muito extenso.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Contradizendo um pouco a resposta anterior: estou a começar a compor para um álbum futuro, que só sairá par o ano que vem. E também a começar, ainda sem método, a escrever alguns textos autobiográficos.
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Sérgio Godinho
Como se não houvesse amanhã
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Sérgio Godinho na Novos Livros | Entrevistas