Lourenço Seruya: “A certeza de que um dia escreveria uma história policial numa daquelas caves”
1-O que representa no contexto da sua obra literária o livro “Morte nas Caves”?
R-Representa uma mudança muito importante, quer para mim, quer para o Inspetor Bruno Saraiva. Ambos nos mudámos para o Porto: eu para a Porto Editora, ele para a Polícia Judiciária do Porto. As mudanças representam sempre evoluções, crescimento, e estou muito feliz com esta transição. Sinto que há uma valorização muito grande do meu trabalho por parte da Porto Editora e há também uma vontade de elevar os meus livros e levá-los a um número ainda maior de pessoas. Este livro marca de igual forma uma viragem na vida do protagonista das minhas obras literárias. A mudança de cidade e de colegas tornou-se necessária e fá-lo estar mais sereno e feliz.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R-Foi o aparecimento de um cadáver numa cave de vinho do Porto. Essa imagem surgiu-me há sete anos, quando visitei pela primeira vez uma cave em Gaia, e fiquei com a certeza de que um dia escreveria uma história policial numa daquelas caves. No ano passado, antes de começar a escrever, visitei seis ou sete caves para depois decidir qual seria a eleita. Assim que entrei nas da Porto Ferreira, algo se agitou dentro de mim. E quando comecei a visita guiada e entrei no túnel que atravessa as caves, senti que era ali o local do crime. Foi uma sensação, ou seja, algo abstrato, mas que rapidamente se transformou numa certeza.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Estou a começar a escrever o próximo livro do Inspetor Bruno Saraiva, cuja ação vai continuar a decorrer na cidade do Porto. Num sítio específico da cidade, mas que ainda não posso dizer qual é… Mas é um local absolutamente deslumbrante e que acredito que vai empolgar os leitores quando souberem. Estou a construir as personagens e a motivação do crime, e posso dizer que ele chegará às livrarias no próximo ano.
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Lourenço Seruya
Morte nas Caves
Porto Editora 19,99€
Lourenço Seruya na “Novos Livros” | Entrevistas