Pedro Albuquerque: “Como uma criança atrás da porta, espreitando a rua pela frincha”

1-“exTratos Dramáticos” é o seu primeiro livro publicado: como espera poder olhar para ele daqui a 20 anos?
R-A sensação com que fico é que o “exTratos” viverá sempre da sua inocência. A sua fragilidade técnica, a honestidade com que expõe os sentimentos de alguém ainda muito jovem (sim, o livro foi escrito há quase 10 anos) e a vontade de mudar o mundo – através de novas abordagens à escrita e alertando para os males da nossa sociedade, são as suas forças. Talvez essas forças, como quem diz: essa inocência, se extinga(m) com os anos. Não sei. Sei, no entanto, que o verei sempre como uma criança atrás da porta, espreitando a rua pela frincha, inocentemente ansiando a luta. Apenas isso. 

2-Qual ideia que esteve na base desta obra?
R-Este livro é um compêndio de poesia, prosas poéticas e crónicas. Nesse sentido, foi publicado por três razões: 1) compreender o mercado editorial/assistir ao trajecto que faria por si próprio; 2) dar um ponto de partida aos leitores para que possam, espero, sentir a evolução da minha escrita; 3) libertar-me do material que havia escrito numa outra fase da minha vida e que me parecia digno de publicação.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-De momento, encontro-me a finalizar um livro de contos e estórias autobiográficas que sairá neste natal ou, mais tardar, durante o primeiro semestre de 2024.
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Pedro Albuquerque
exTratos Dramáticos
Cordel ‘Prata

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