Ricardo Ferreira de Almeida: “A solidão, a recuperação e o esquecimento do passado, a solidariedade”

Ricardo Ferreira de Almeida acaba de receber uma menção honrosa no Prémio Revelação Literária UCCLA-CM Lisboa: é o seu segundo romance (o primeiro a ser publicado) depois de um percurso com base, essencialmente, na escrita para teatro.
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1-Como recebeu a menção honrosa no Prémio Revelação Literária UCCLA-CM Lisboa?
R- Com agrado, porque não contava com a citação. Este livro parte de uma peça de teatro inacabada e foi adiada sucessivamente por razões profissionais. Durante a pandemia, tive mais tempo para escrever uma versão provisória que foi testada no prémio da UCCLA.

2-«Três Dias em Fevereiro» é o seu primeiro romance: como espera poder olhar para ele daqui a 20 anos?
R- Não foi o primeiro, porque tinha escrito outro que ganhou um prémio, mas que não foi publicado. Depois, houve uma nova promessa de edição que seguiu o mesmo rumo, a não publicação.

3-Qual a ideia que esteve na base desta obra?
R- A solidão, a recuperação e o esquecimento do passado, a solidariedade. E também o gosto pela novela renascentista, que me encanta pela forma como apresenta os factos.

4-A sua experiência anterior como autor passa, essencialmente, pelo teatro: foi fácil fazer esta transição?
R- Não. O estilo narrativo, as ornamentações são muito diferentes. No teatro pode se manipular o texto para cena, modificando e ajustando de acordo com as escolhas estéticas. A prosa e a poesia vivem sozinhas e têm que se aguentar assim.

5-Quais são os autores que mais influenciaram a sua escrita de ficção?
R- Cervantes, Saramago, Redol, Rushdie, Aquilino, Ferreira de Castro,

6-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Um novo romance sobre a mesma temática: a memória, o esquecimento. Sobre um ciclista que corre a volta a Portugal em bicicleta.
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Ricardo Ferreira de Almeida
Três Dias em Fevereiro
Guerra e Paz  16€

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