Artur Barosa: “Qualquer pessoa, menos eu”

Os Dias Depois é o seu livro de estreia, recentemente editado. Artur Barosa, professor e músico de jazz (nas horas vagas), colocou a primeira pedra no que será uma obra sólida em busca das palavras certas: pele, luz, corpo, olhos e algumas outras. Para seguir com atenção no futuro.
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O que é para si a felicidade absoluta?
Citando uma amiga, ter alguém que me faça fisicamente rir.

Qual considera ser o seu maior feito?
Ter conseguido escrever.

Qual a sua maior extravagância?
Relógios.

Que palavra ou frase mais utiliza?
Porquê eu, porquê aqui, porquê agora?

Qual o traço principal do seu carácter?
A timidez.

O seu pior defeito?
O egoísmo.

Qual a sua maior mágoa?
Ter desiludido.

Qual o seu maior sonho?
Poder estar sempre consciente.

Qual o dia mais feliz da sua vida?
Qualquer dia em que entenda qualquer coisa.

Qual a sua máxima preferida?
O silêncio está no princípio e no fim de todas as coisas (Charlie Haden).

Onde (e como) gostaria de viver?
Em qualquer sítio onde possa escrever e tocar.

Qual a sua cor preferida?
Preto.

Qual a sua flor preferida?
Orquídea.

O animal que mais simpatia lhe merece?
A Mia, claro!

Que compositores prefere?
Shostakovich e Scriabin.

Pintores de eleição?
Os impressionistas.

Quais são os seus escritores favoritos?
De sempre, Marguerite Duras. Neste momento, Ali Smith.

Quais os poetas da sua eleição?
Gastão Cruz e Cesariny.

O que mais aprecia nos seus amigos?
O humor.

Quais são os seus heróis?
As pessoas que me amam. Praticamente uns santos.

Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
Calvin & Hobbes.

Qual a sua personagem histórica favorita?
Dante.

E qual é a sua personagem favorita na vida real?
Eu. Não consigo viver sem mim.

Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
 Saber dizer a palavra certa no momento certo.

E numa mulher?
Saber dizer a palavra certa no momento certo.

Que dom da natureza gostaria de possuir?
A mudança de cor.

Qual é para si a maior virtude?
A tolerância.

Como gostaria de morrer?
Consciente.

Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Qualquer pessoa, menos eu.

Qual é o seu lema de vida?
Fugir sempre, e a qualquer preço, dos lugares-comuns.
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Artur Barosa na “Novos Livros” | Entrevistas