João Pedro Duarte | A Casa do Sonho Pagão

1- O que representa, no contexto da sua obra, o livro «A Casa do Sonho Pagão»?
R- A primeira história da minha autoria que chega ao leitor anónimo.
Invade-me uma sensação de realização pessoal saber que ela estará entre outras novelas, nas livrarias públicas e bibliotecas pessoais.
Emancipou-se, a marota! Na realidade, só em liberdade poderia ser feliz…
Assim como assim, é melhor mesmo as personagens serem íntimas de outras pessoas. E um dia um gabiru futurista poder desabafar: “Estes velhos eram uns grandes malucos!”.
Publicar este livro deu-me ainda mais gana, como se já não tivesse a suficiente, para escrever como se não houvesse amanhã. Porque não tenho tempo nem inclinação para as coisas sem alma que nos oferecem de mão beijada.

2- Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- A ideia de amor e traição. Seria fácil aludir ao complexo de Édipo, mas deixemos o Freud ser comido pelas minhocas em paz. Esta ideia é um tema que apaixonou gerações. Quem não conhece a lenda do rei Artur, ou do cavalo de Tróia?

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Estou a estudar a história de Portugal. Acho que um bom livro descreve tão bem as personagens que não precisa de as explicar. E faz uma confusão danada a apatia deste povo no presente, quando está cheio de conquistas e heróis no passado. Vou sonhar, e quem sabe adivinhar um futuro!
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João Pedro Duarte
A Casa do Sonho Pagão
Esfera do Caos, 17,90€