Nuno Galopim | Afonso VI, o Indesejado

1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Afonso
VI, O Indesejado»?
R- É uma segunda ficção, um ano depois de “Os Últimos Dias do Rei” sobre a
figura de D. Manuel II. É, tal como esse livro, uma obra de ficção que toma um
monarca português como objeto central da atenção da narrativa mas que não
procura ser uma biografia romanceada do rei em questão. É uma história de
ficção.

2-Qual a ideia que esteve na origem deste livro?
R- Há aqui um exercício no campo da história alternativa, colocando em cena um
“e se…”… Neste caso concreto trata-se da hipótese de D. Afonso VI ter tido
descendência, o que contraria a alegada impotência pela qual o seu casamento
foi anulada. É o investigar desta hipótese que lança a trama de ficção que, tal
como no livro anterior, procura alicerçar-se sobre um rigor na caracterização
da época, dos lugares e dos próprios factos da vida do monarca de quem a
narrativa fala.

3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R-Além da escrita jornalística (no Expresso e BLITZ) há um projeto em marcha
(já avançado na escrita) de um livro novo sobre música a publicar em 2018.
Recordo que, além destas duas ficções, tenho publicadas biografias sobre Sérgio
Godinho e os The Gift, além de um livro sobre como a literatura, o cinema e
outras artes foram construindo uma visão humanizada do planeta Marte ao longo
dos tempos e um outro mais, em coautoria com o meu pai, sobre dinossáurios num
ponto de vista de divulgação. Haverá depois deste livro sobre música um
terceiro romance histórico a completar este tríptico – em curso – de histórias
ligadas a monarcas portugueses com vidas com uma dimensão trágica. E, ao mesmo
tempo, estão a nascer contos na área do fantástico e do absurdo e as linhas
gerais de uma primeira incursão mais profunda pela ficção científica…
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Nuno Galopim
Afonso VI – O indesejado
Esfera dos Livros  17,90€