Francisco Moita Flores: “Ninguém é feliz para sempre”
Francisco Moita Flores: polícia, comentador televisivo e escritor. Uma obra com quase trinta livros, em especial ficção. Acaba de editar o romance sobre o período da pandemia: A Despedida de Ulisses.
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O que é para si a felicidade absoluta?
Não existe. São momentos da nossa vida. São momentos, por vezes instantes, que procuramos incessantemente. Não existe felicidade absoluta, nem ninguém é feliz para sempre.
Qual considera ser o seu maior feito?
A trasladação dos mortos da Aldeia da Luz.
Qual a sua maior extravagância?
Comprar livros que sei que dificilmente terei tempo para os ler.
Que palavra ou frase mais utiliza?
Nenhuma em especial. Abuso dos gerúndios.
Qual o traço principal do seu carácter?
Julgo ser a bondade.
O seu pior defeito?
Fumador inveterado.
Qual a sua maior mágoa?
Viver longe dos meus netos.
Qual o seu maior sonho?
É um lugar comum: a Paz. A guerra é a irracionalidade do Poder.
Qual o dia mais feliz da sua vida?
São vários. Em particular o nascimento dos meus filhos e dos meus netos.
Qual a sua máxima preferida?
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje
Onde (e como) gostaria de viver?
Em Portugal. Rodeado de livros, olivais, laranjais e com um rio perto de mim.
Qual a sua cor preferida?
Azul.
Qual a sua flor preferida?
Malmequeres.
O animal que mais simpatia lhe merece?
O cão.
Que compositores prefere?
Sou devoto de Beethoven e de Mozart.
Pintores de eleição?
Manet, Renoir, Columbano.
Quais são os seus escritores favoritos?
Eça de Queirós, Tolstoi, Shakespeare.
Quais os poetas da sua eleição?
Antero de Quental, Sophia de Mello Breyner, Florbela Espanca.
O que mais aprecia nos seus amigos?
A tolerância para com as nossas diferenças.
Quais são os seus heróis?
Todos aqueles que amo.
Quais são os seus heróis predilectos na ficção?
James Bond, Guilherme de Baskerville e o Desembargador Amado.
Qual a sua personagem histórica favorita?
D. João II e Salgueiro Maia.
E qual é a sua personagem favorita na vida real?
Ramalho Eanes.
Que qualidade(s) mais aprecia num homem?
A inquietação como necessidade de saber mais.
E numa mulher?
A inquietação como necessidade de saber mais.
Que dom da natureza gostaria de possuir?
Gosto de tempestades e gostaria que elas me habitassem.
Qual é para si a maior virtude?
Ter a grandeza necessária para que sonhemos uma comunidade de gente livre e diferente.
Como gostaria de morrer?
Com o sossego que esse momento único e irrepetível merece.
Se pudesse escolher como regressar, quem gostaria de ser?
Joseph Wayne, de Steinbeck, no romance A Um Deus Desconhecido.
Qual é o seu lema de vida?
Volto a um lugar comum: Parar é morrer.
Francisco Moita Flores na “Novos Livros” | Entrevistas