Rosa de Porcelana | Márcia Souto/Filinto Elísio: “Uma editora que contribua para aumentar níveis e qualidade de leitura continua a ser nossa ambição.”

1-Como descreve o projecto editorial que está na génese da Rosa de Porcelana?
R- O projeto que funda a Rosa de Porcelana Editora é de um centro cultural, com várias componentes e fases. Começámos pela componente editorial, escrita e leitura, ainda em vias de se consolidar, considerando ter sido o nosso primeiro propósito publicar e circular livros nos países e nas comunidades emigradas de língua portuguesa. Uma editora que contribua para aumentar níveis e qualidade de leitura continua a ser nossa ambição. Quatro anos passados, estamos ativos no mercado cabo-verdiano e português, com expetativas de nichos de mercado angolano e brasileiro. Nesse meio tempo, criámos e organizamos o Festival de Literatura-Mundo do Sal, com forte pendor de encontros internacionais de autores e de livros. Temos participado também em vários certames internacionais. No limiar da primeira fase ainda.
2-Em termos de géneros ou áreas temáticas, quais vão ser as principais apostas da editora?
R- Temos privilegiado muito a poesia, mas também casos de romance, crónica e ensaio. Entretanto, estamos sempre abertos a obras de referência e de miscelânea. A editora não descura entrar de forma mais sistemática em todos os campos literários e não só, porquanto temos não perder de vista, a médio trecho, o livro escolar e académico.
3-Para os próximos meses, que títulos ou autores têm em carteira para surpreender e conquistar os leitores portugueses?
R- Publicámos agora Manuel Halpern (com crónicas) e, no ano passado, José Luis Peixoto (com teatro), Jorge Carlos Fonseca (com romance), Olinda Beja (com poesia) e José Luiz Tavares (com poesia), para citar alguns. Nos próximos meses, entre vários projetos, temos os romances de Evel Rocha e de Dina Salústio, a antologia poética pessoal de Vera Duarte, a miscelânea poética de Filinto Elísio, o ensaio sobre o crioulo de Cabo Verde com Manuel Veiga, a organização de um livro de inéditos de Amílcar Cabral e mais um de Arménio Vieira. Há mais produção, muitas surpresas, mas ainda em negociação com os autores.
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